Soho, um bairro nova-iorquino com estilo

Quando ouvi falar no Soho nova-iorquino imaginei logo um lugar tipo Soho londrino, com góticos, drag queens e mulheres e homens vestidos de forma exuberante. Afinal, não! O Soho nova-iorquino é um bairro chique, com jovens glamorosos e com um estilo arquitectónico ímpar. O bairro homólogo londrino ganha em emoção, mas este é muito mais calmo.  


Bem perto de Chinatown, o bairro de Soho é a maior concentração do mundo de edifícios de ferro forjado construídos no século XIX e início do século XX, especialmente na Canal Street e na Greene Street. Nesta altura, posterior à Guerra da Secessão, esta zona de Nova Iorque era a área comercial de excelência da cidade. Os edifícios apresentam um estilo revivalista neoclássico e constituem peças arquitectónicas raras de arte industrial. 



Em alguns dos edifícios os pormenores são verdadeiramente impressionantes, com degraus das escadas em ferro que apresentam vidros encrostados de forma a permitir a entrada de luz natural na cave. 



Com a decadência desta parte histórica da cidade, em detrimento de uma nova baixa e bairro financeiro, o Soho foi sendo abandonado e foi ocupado por jovens vanguardistas e artistas que conseguiram salvar 26 quarteirões da destruição eminente, com a declaração do bairro como Zona Histórica na década de 70. 


Esta situação implodiu numa especulação imobiliária e os preços dos alugueres subiram em flecha, entrando a moda e o luxo em força no bairro. A maioria dos edifícios alberga hoje lojas modernas e específicas, com produtos gourmet, roupas de estilistas famosos, hotéis de luxo e escritórios.  


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