Os gigantes africanos no Serengeti

Apesar da caça furtiva em busca do ambicionado marfim, o maior mamífero do mundo ainda é um animal relativamente comum em África e dos mais fáceis de ser avistado no Parque Nacional do Serengeti. No entanto, e face à diminuição drástica que tem sofrido nas últimas décadas (as suas populações parecem diminuir a um ritmo assustador de cerca de 20 000 elefantes por ano) é cada vez mais difícil avistar grandes manadas. 



Quis, no entanto, o destino brindar-nos com uma das mais maravilhosas visões africanas: a verdejante savana do Serengeti, no final da época das chuvas, povoada por uma manada com mais de 50 indivíduos, acompanhados de várias crias pequenas. Este avistamento é muito raro já que as manadas de elefantes têm geralmente entre 10 e 30 indivíduos e parece encontrar explicação no facto de nesta altura do ano (Janeiro) os elefantes se reunirem ao final da tarde para pastarem juntos. 



O elefante africano é um dos afamados BIG 5 (ao qual se juntam o rinoceronte, o búfalo-africano, o leão e o leopardo) e vive em manadas matriarcais, onde uma fêmea lidera um grupo de exímios "comedores" herbívoros (um elefante come cerca de 140 kg de plantas por dia). 



O elefante africano distingue-se do asiático especialmente por um maior porte e tamanho das suas orelhas. Ao que parece, as orelhas dos elefantes africanos atingem maiores dimensões como resultado de uma adaptação da espécie ao meio: o elefante africano vive numa zona mais quente do globo e as orelhas são usadas para se abanarem e assim fazerem diminuir a temperatura do corpo. 


Quando os elefantes começam a ficar velhos tendem a abandonar as manadas, procurando lugares calmos, com água e vegetação suficiente para morrerem solitários. Testemunhar este ritmo de vida africana foi um dos momentos mais maravilhosos da nossa viagem ao Serengeti. 


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